situacao-saude-ue copyO relatório conjunto «Health at a Glance: Europe 2018» da Comissão Europeia e da Organização de Cooperação e de Desenvolvimento Económicos (OCDE) revela que o aumento constante da esperança de vida abrandou e que persistem grandes disparidades nos países e entre eles, deixando para trás as pessoas com baixos níveis de escolaridade.

O presente relatório baseia-se em análises comparativas do estado de saúde dos cidadãos da UE e do desempenho dos sistemas de saúde nos 28 Estados-Membros, em 5 países candidatos e em 3 países da EFTA.

O relatório apela ainda à melhoria da saúde mental e à prevenção das doenças mentais, as quais não só têm consequências sociais, mas também custam, segundo as estimativas, mais de 4 % do PIB em toda a UE. Salienta também a necessidade de combater os fatores de risco, como o tabaco, o álcool e a obesidade, de reduzir a mortalidade prematura, de garantir o acesso universal aos cuidados de saúde e de reforçar a resiliência dos sistemas de saúde.

Principais constatações:

  • Até há pouco tempo, a esperança de vida aumentava de forma rápida e constante em todos os países da UE. No entanto, a partir de 2011, o aumento da esperança de vida abrandou significativamente. Além disso, persistem grandes disparidades em termos de esperança de vida, não só em função do sexo, mas também do estatuto socioeconómico. Por exemplo, na UE, em média, os homens de 30 anos com um baixo nível de escolaridade têm uma esperança de vida cerca de 8 anos inferior à dos que têm um diploma universitário.
  • Os dados de vários países sugerem que cerca de 20 % das despesas com a saúde poderiam ter uma melhor afetação. Uma combinação de instrumentos estratégicos poderia otimizar as despesas, assegurando uma melhor relação qualidade-preço, por exemplo no que se refere à seleção e cobertura ou à aquisição e fixação de preços dos produtos farmacêuticos através da Avaliação das Tecnologias da Saúde.
  • Em 2015, mais de 84,000 pessoas morreram em consequência de problemas de saúde mental em toda a Europa. Estima-se que os custos totais decorrentes dos problemas de saúde mental ascendam a mais de 600 mil milhões de euros por ano.
  • Cerca de 40 % dos adolescentes admitem ter consumido álcool em excesso pelo menos uma vez durante o mês anterior. Embora as políticas de controlo do álcool tenham contribuído para reduzir o consumo geral de álcool em vários países da UE, o abuso do consumo de álcool entre os adolescentes e os adultos continua a ser um importante problema de saúde pública.
  • As famílias com baixos rendimentos são cinco vezes mais suscetíveis de referir necessidades de cuidados não satisfeitas do que as famílias com rendimentos elevados.

 

Par mais informações:
http://europa.eu/rapid/press-release_IP-18-6498_pt.htm